quinta-feira, 10 de junho de 2010

sábado, 5 de junho de 2010

Governo avalia possibilidade de uma montadora nacional


Carros elétricos são considerados pelo governo uma oportunidade para empresas nacionais entrarem no setor

Por Agência Estado
BRASÍLIA - Dividido sobre a conveniência de dar incentivos aos carros elétricos, o governo avalia a possibilidade de as novidades tecnológicas viabilizarem o nascimento de uma montadora nacional, nos moldes de uma Embraer, a Empresa Brasileira de Aeronáutica. O ministro de Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, está engajado na oferta de dinheiro público para a pesquisa da tecnologia dos carros elétricos e vê nas mudanças por que passa a indústria automobilística no mundo uma "oportunidade" para empresas nacionais entrarem no negócio. Hoje, o mercado brasileiro, um dos maiores do mundo, é dominado por multinacionais.

A ideia de uma indústria automobilística nacional começou a ser discutida no ano passado, a partir de uma esperada revolução tecnológica provocada pelos carros elétricos. Desde então, a defesa dos carros elétricos ganhou adeptos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Em artigo recentemente publicado em livro, o presidente do banco, Luciano Coutinho, escreve que o BNDES deverá ter "papel de destaque" na introdução de veículos elétricos no país, não apenas com crédito, mas com participação acionária em empresas. "A proliferação de veículos elétricos parece ser uma interessante oportunidade para a entrada de outros players na indústria automotiva mundial", diz o artigo, que aposta em "profundas" mudanças na indústria automotiva e em oportunidades para a produção local. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os segredos para o sucesso de uma fusão


Ambiente econômico favorável e integração entre diferentes culturas corporativas são essenciais para que a união de empresas seja bem-sucedida

Por Raquel Salgado
A motivação básica que está por trás da junção de duas empresas é o desejo de crescer e, consequentemente, aumentar seu espaço no mercado e seus lucros. Chegar a essa equação, porém, é muito mais complexo do que se imagina. Não subestimar o poder da cultura de cada organização e entender a fundo suas particularidades são dois grandes passos rumo ao sucesso.

“As empresas e os consultores pensam muito em números. Estão preocupados com quanto a nova companhia lucrará, em quais são as sinergias, onde vão poder cortar custos. Esquecem de dois pontos fundamentais que estão relacionados: cultura corporativa e pessoas”, afirma Tony Alvarez, sócio da consultoria Alvarez&Marsal, especializada na recuperação e fusão de empresas.

De nada adiantará ter negócios que, na teoria, parecem fazer todo sentido juntos se a união de cultura e valores não for colocada em prática. “A sinergia só acontecerá se houver cooperação entre as pessoas das duas companhias. É preciso que haja um líder capaz de motivar os funcionários a se integrarem na nova cultura de trabalho que se formará”, diz Richard D’Aveni, professor da Tuck School of Business. Sem uma equipe unida e ciente das metas e dos valores da nova empresa é muito difícil atingir bons resultados.

Essa dificuldade foi duramente vivenciada na fusão entre a AOL e a Time-Warner. Já no período de integração, a nova empresa chegou a perder 93% de seu valor. Agora, as duas companhias estão se separando. “Cerca de nove em cada dez fusões não atingem seus objetivos. Muitas delas acontecem por ambição do presidente, por um desejo de ser a maior empresa de um setor sem que haja uma estratégia realmente traçada para isso”, diz Lourdes Casanova, professora da Insead, escola francesa de negócios.

Outra peça-chave para o sucesso de uma fusão está fora do âmbito empresarial. Um ambiente macroeconômico favorável, onde haja crescimento elevado com baixas taxas de inflação é fundamental. Prova disso é o fato de que as cinco grandes ondas de fusões e aquisições vistas ao longo da história do capitalismo se deram justamente em momentos de bonança econômica. E declinaram quando a economia enfrentou algum tipo de revés.

As grandes ondas
A primeira grande onda de fusões aconteceu entre o final do século 19 e o início do século 20. Nesse período formaram-se nos Estados Unidos grandes empresas de setores estruturais para a economia como siderurgia, telefonia, mineração e petróleo. A General Electric foi criada nessa época, por meio da união da Edison General Electric com a Thomson-Houston Company. A fusão foi horizontal – já que aconteceu entre duas empresas com o mesmo portfolio de produtos.

Esse movimento arrefeceu assim que a Primeira Guerra Mundial começou Logo após seu fim, uma nova onda de fusões teve início e durou até 1929, quando ocorre o crash da bolsa de valores de Nova York. Dessa vez, a formação de novas empresas se deu de forma vertical. A Ford, por exemplo, comprou dezenas de empresas menores atuantes em diferentes setores como o ferroviário e o siderúrgico.

As fusões permaneceram adormecidas por quase trinta anos – depois da quebra da bolsa nova iorquina veio a Segunda Guerra Mundial e poucos se animaram a fazer novos negócios. Entre 1955 e a primeira metade da década de 70, porém, o apetite das grandes empresas por novos mercados reanimou as aquisições que dessa vez resultaram na formação dos primeiros grandes conglomerados econômicos.

Diferentemente da crença mais disseminada atualmente, a de que as empresas precisam ter foco em seus negócios, acreditava-se naquela época que era preciso atuar em várias frentes. “Diversificar era sinônimo de reduzir riscos. Na cabeça daqueles empresários, quem não trilhasse tal caminho, fracassaria”, diz Lourdes Casanova.

Duas outras ondas de fusões se seguiram desde então. Na década de 80, muitas empresas continuaram em busca da diversificação, nem que para isso precisassem adquirir outras companhias por meio das compras hostis. São aquelas nas quais os compradores vão à bolsa de valores para adquirir ações da empresa que desejam comprar, mesmo contra a vontade de seus controladores. Porém, em 1987 houve uma derrocada do mercado de ações americano e, novamente, uma pausa nos negócios.

O movimento foi retomado em meados dos anos 90 e teve como característica a formação de companhias cada vez mais globais. Foi nesse período que gigantes como Exxon e Mobil, AOL e Time Warner, Chrysler e Daimler Benz se uniram. Essa onda não terminou muito bem. E 2001, houve o estouro da bolha das empresas da internet que, durante os anos anteriores, viram suas ações aumentar de valor de forma exponencial.

Novo ciclo de fusões?
Agora, o fim do período mais negro da recente crise econômica e o início da recuperação dos Estados Unidos e de uma parte dos países Europa tem contribuído para um ambiente mais propício a uma nova onda de fusões e aquisições. “Finalmente o crédito e a liquidez começam a dar sinal de vida”, diz Alvarez. Antes disso, as compras foram dificultadas.

Seria essa a sexta onda? “Ainda é cedo para afirmar que esse é mais um grande movimento dentro da dinâmica capitalista. Mas já podemos dizer que ele é único, pois está sendo encabeçado por empresas de países emergentes, algo que jamais vimos no passado”, afirma Lourdes.

domingo, 30 de maio de 2010

domingo, 16 de maio de 2010

Reservas de poço no pré-sal podem chegar a 4,5 bi de barris, diz ANP



Parece se tratar de um dos poços de maior potencial já perfurado no país"
Haroldo Lima
O poço Franco, no pré-sal da Bacia de Santos, perfurado em conjunto pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e Petrobras, tem volume de óleo recuperável estimado em 4,5 bilhões de barris, segundo a agência reguladora, que foi responsável pela perfuração do 2-ANP-1-RJS - o nome 'técnico' do poço.
Entre os poços da Petrobras, o volume recuperável - que se espera ser possível obter - de Franco é menor apenas que o de Tupi, em que são estimados entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo. Em Iara, esse volume é estimado entre 3 a 4 bilhões de barris, segundo a estatal.
Com isso, a ANP obteve com apenas uma perfuração quase o volume total previsto para a operação de cessão onerosa (venda) de reservas da União para a Petrobras, que é de até 5 bilhões de barris de óleo equivalente recuperável.
O poço foi perfurado numa área com cerca de 400 quilômetros quadrados e detectou uma coluna com 272 metros de espessura com petróleo. A perfuração está sendo feita a 195 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, sob 2.189 metros de água e comprovou a descoberta de óleo leve com cerca 30 graus API.
"A ANP está estudando a oportunidade de efetuar de imediato os testes de formação a fim de verificar a produtividade do poço 2-ANP-1-RJS", diz a nota enviada pela agência reguladora, que já iniciou a perfuração de um segundo poço, o 2-ANP-2-RJS, no prospecto batizado de Libra, a 32 quilômetros de Franco. A sonda utilizada é o NS-21 Ocean Clipper.
Segundo o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, Franco "parece se tratar de um dos poços de maior potencial já perfurado no país".

Financiamento imobiliário da Caixa soma R$ 22,47 bilhões no ano


Volume representa alta de 126% frente ao mesmo período de 2009. Feirão da Casa Própria começou nesta quinta-feira em São Paulo.


A Caixa Econômica Federal financiou este ano, até 10 de maio, R$ 22,47 bilhões para a compra da casa própria. O volume é 126% maior do que o emprestado no mesmo período do ano anterior, quando ficou em R$ 8,7% bilhões.
Esses recursos foram usados na aquisição de imóveis por 373.316 famílias, segundo a Caixa – número 71% maior que no mesmo intervalo de 2009.
A instituição financeira espera financiar outros R$ 3,5 bilhões durante o Feirão da Casa Própria, que acontece até 13 de junho em várias cidades do país. Em São Paulo, o evento começou nesta quinta-feira e vai até domingo. Se atingida essa meta, a previsão da Caixa é superar a marca de R$ 55 bilhões, podendo chegar a R$ 60 bilhões em 2010 . e
Feirão da Casa Própria começa em São Paulo; são ofertados quase 152 mil imóveis até domingoFeirão da Casa Própria começa em São Paulo; são ofertados quase 152 mil imóveis até domingo (Foto: Raul Zito)
“A Caixa vem batendo recordes ano a ano no crédito imobiliário. Foi assim em 2008 e em 2009. Este ano, em menos de quatro meses, já superamos a contratação de todo o ano de 2007, que era também recorde de contratação, até então. Com o feirão, vamos alavancar a contratação no Programa Minha Casa Minha Vida e bater novo recorde de crédito imobiliário”, comentou, em nota, o vice-presidente de Governo do banco, Jorge Hereda.
Feirão em São Paulo
Até domingo, serão oferecidos em São Paulo, no Feirão da Caixa, quase 152 mil imóveis novos, usados e na planta, nos quatro dias do evento. São 51,4 mil imóveis novos e 100,4 mil imóveis usados. Há opções na capital paulista, no ABC paulista e na Baixada Santista. Juntos, todos os imóveis somam R$ 24,6 bilhões.
O financiamento pela Caixa, porém, só é garantido aos imóveis novos. Nesses casos, podem ser 100% financiados e o pagamento pode ocorrer em até 30 anos.

Segundo o banco, 114 construtoras vão levar ofertas de imóveis, além de imobiliárias. Haverá estandes de cartórios e da prefeitura, para questões de documentação. A Caixa terá uma agência no feirão para prestar informações sobre linhas de crédito e fazer simulação de financiamento. É possível obter informações também em agências fora do feirão e no site da Caixa. A Caixa espera 120 mil pessoas para o feirão durante os quatro dias e prevê que sejam fechados negócios no valor total de R$ 1,5 bilhão.
Os imóveis podem ser financiados pelo Minha Casa, Minha Vida para pessoas com renda de até R$ 4.650. Para financiar por meio da Carta de Crédito FGTS, a renda não pode exceder R$ 4.900. Nos dois casos, o imóvel precisa estar avaliado em até R$ 130 mil para regiões metropolitanas.
Na Carta de Crédito SBPE não há limite de renda e nem de valor máximo do imóvel. Quem possui FGTS pode utilizar o saldo para reduzir o financiamento ou para compra total desde que o imóvel custe até R$ 500 mil. O comprador não pode ter outro imóvel na localidade onde resida ou trabalhe.
Os interessados em comprar imóveis no evento precisam levar documento de identidade, CPF, comprovante de residência e os três últimos holerites. Autônomos ou trabalhadores informais devem levar extratos bancários e fatura dos três últimos meses do cartão de crédito.

Governo já mapeou R$ 6 bi que podem sofrer cortes




Brasília - A equipe econômica ainda não definiu em quais ministérios e programas vai fazer o corte orçamentário adicional de R$ 10 bilhões anunciado anteontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Até agora, segundo apurou a reportagem, os técnicos mapearam cerca de R$ 6 bilhões de custeio que podem vir a ser cortados. Apesar de o ministro Mantega ter garantido ontem, em nota oficial, em resposta ao candidato tucano José Serra, que os cortes são "para valer" e o governo vai continuar a cumprir a meta do superávit primário (3,3% do PIB), no Ministério do Planejamento nada deve ser definido antes de quinta-feira, quando o governo tem de apresentar o Relatório de Avaliação Fiscal. E, depois disso, o Planejamento ainda terá mais dez dias, até o dia 30, para fechar o Decreto de Programação Financeira.
O corte de R$ 10 bilhões foi anunciado na quinta-feira, menos de dois meses depois de o governo ter contingenciado outros R$ 21,8 bilhões nas despesas do Orçamento deste ano. Pelo primeiro mapeamento dos técnicos da equipe econômica, são candidatas preferenciais aos cortes as despesas com publicidade, informática, consultorias e obras e compras que estejam enfrentando problemas nas licitações ou com projetos atrasados.
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), até aqui apontado como inatingível pelos cortes, também poderá contribuir com o ajuste. Isso porque é bastante provável que o governo não consiga cumprir a previsão de gastos, que foram elevados dos R$ 29,8 bilhões estabelecidos na lei orçamentária para R$ 33,5 bilhões para este ano.
A falta de pressa revelada ontem pelo governo deve-se ao fato, também, de que o governo está monitorando o comportamento da receita. No primeiro trimestre, a receita do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e (Banco Central) apresentou um aumento de 15,8% em comparação ao mesmo período do ano passado. Nos três primeiros meses de 2009, a arrecadação do governo central caiu 1,9%, por causa do forte impacto da desaceleração da atividade econômica na arrecadação.
Agora, mesmo com a aceleração do crescimento, a arrecadação - um dos últimos indicadores econômicos a apresentar sinais da retomada - ganhou fôlego, com impacto maior sobretudo nos tributos que incidem no faturamento, como a Cofins/PIS. Também houve aumento do recolhimento de royalties de petróleo e de dividendos pagos por empresas estatais.
Mesmo com a receita em alta, o governo acabou tendo um resultado pior nas contas por causa do aumento das despesas, que cresceram 19,3% no primeiro trimestre. Foi esse resultado ruim, diante de um cenário de melhora de arrecadação, que ampliou a desconfiança do mercado sobre o comportamento fiscal do governo, levando a anunciar o corte adicional de R$ 10 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

TAM tem prejuízo de R$ 58,1 milhões




TAM encerrou o primeiro trimestre de 2010 com prejuízo de R$ 58,1 milhões, ante resultado positivo de R$ 25,7 milhões registrado em igual período de 2009, conforme o relatório divulgado no padrão contábil internacional IFRS. O resultado negativo, explica a administração da companhia, deve-se principalmente ao aumento das despesas financeiras, que cresceram para R$ 163 milhões no trimestre, ante R$ 29 milhões registrados nos três primeiros meses do ano passado.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) somou R$ 256 milhões no primeiro trimestre deste ano, valor 15,2% menor que os R$ 303,1 milhões apurados no primeiro trimestre de 2009, e com margem Ebitda de 9,9% ante 11 6% no mesmo período do ano passado. Na mesma base de comparação o Ebitdar (Ebitda sem incluir o arrendamento de aviões) somou R$ 376,5 milhões, com queda de 20,9%. A margem Ebitdar ficou em 14 5%, ante 18,2% de igual período do ano passado.

A receita operacional líquida foi de R$ 2,603 bilhões, 0,5% menor que a de R$ 2,617 bilhões na mesma comparação. A receita bruta caiu 0,1% atingindo R$ 2,708 bilhões. Em seu balanço financeiro, a empresa explica que a queda deve-se basicamente à redução da receita doméstica. A empresa destaca ainda que a queda foi parcialmente compensada pelo aumento da demanda.

A receita doméstica da TAM registrou queda de 3,2% de janeiro a março, atingindo R$ 1,396 bilhão, devido à redução do yield regular (receita bruta de transporte de passageiros dividida pela quantidade de clientes) em 16,5%. A receita internacional, por sua vez, cresceu 2,4% para R$ 815,8 milhões. A receita com cargas cresceu 22,8%, atingindo R$ 256 milhões. A companhia destaca que o resultado reflete os sinais de recuperação da economia global e a apreciação do real 22% na média do período, tendo impacto em suas operações internacionais.

sábado, 15 de maio de 2010